Alvaro de Oliveira

Escritor Portugês, natural de Braga

quinta-feira, 22 de março de 2018


Publicada por Obras & Autores à(s) 05:58 Sem comentários:
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No lugar da água


à míngua luz

vem a lua

sal

ti

tan

do

pelo azul do corpo

quedo

na espera



e um sulco fugidio

toma-te o rosto

caído

no lugar da água



e nenhuma luz

te olhou de frente

Voo


Habito esta incerteza:

o lugar exacto

para o resgate das mãos.


E, contudo, aqui permaneço

rompendo os dias inacessíveis.


Hoje, talvez me demore

vou partir com as aves.

Estática, a árvore
recebe o vento.

Uma folha despede-se
Cai. Lentamente.

Paciente, o chão
é o seu leito
Um halo de Luz



por um halo de luz
a serenidade de um cravo
visita os acordes finíssimos
da guitarra

a de Carlos Paredes

e as mãos na vertical digitam
como em lágrimas
um olhar que enlouquece
rendido à solidão do ritmo

Passou o Outono


passou o outono
que despiu as árvores
e o teu olhar

agora é a água
por entre as pedras
a cor do musgo
e o teu olhar ainda húmido

só o sol pode visitar-te
neste inverno que magoa
a cor do tempo
e o teu olhar doído

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